quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

 Administração do Tempo.
(Mario Persona)

O vídeo mostra a importância da administração do tempo a partir de atitudes simples que contribuem para a melhoria da qualidade de vida .


 Administrar o tempo é planejar a vida -  (Eduardo O. C. Chaves)
 

Educação à Distância - Exercite a capacidade de administrar seu tempo de estudo de forma autônoma!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

SuperAção - Atendimento Educacional para Portadores de Deficiência Intelectual e Psicomotora

Na Era da Informação o Capital Intelectual é um bem valioso!


Ache seu Concurso

Relatório exclusivo sobre EAD
Número de brasileiros que fazem educação a distância pela internet: um estudo baseado em pesquisa direta junto aos internautas

Uma pesquisa que não se limita às informações do ensino formal, como os do Comitê Gestor da Internet no Brasil, chega a um número de alunos a distância quase dez vezes maior do que os dados mais divulgados sobre EAD. (Por Fábio Sanchez)

Segundo os dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), que realiza os censos educacionais para o Ministério da Educação, o Brasil tem 727.961 alunos em cursos a distância no nível de graduação (matrículas verificadas em 2008, os dados mais recentes do INEP). Porém, ao focar apenas um nível educacional, a pesquisa do MEC deixa de contar um universo bem maior de alunos que estão em outros níveis educacionais, como a pós-graduação, a EJA (antigo supletivo) e os cursos técnicos. Além disso, por se ater à educação formal, também deixa de contar a enormidade de cursos que não estão inseridos no sistema oficial de ensino, tais como os profissionalizantes (como os do Senai, Senac, Sebrae, todos com projetos nacionais de cursos a distância), os cursos de educação corporativa, os projetos paralelos de educação, tais como os da Fundação Roberto Marinho (mais de 400 mil estudantes por ano) ou da Fundação Oi Futuro, e ainda os cursos livres, de línguas, preparatórios para concursos etc. É uma população que deixa de ser contada pelos levantamentos oficiais.

Algumas iniciativas apoiadas pelo governo, como o CensoEAD.br, ou o Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância (AbraEAD), ampliaram esse horizonte e conseguiram contar entre 2,5 e 3 milhões de estudantes a distância, tendo a prudência de destacar que o número estava subestimado, já que seus critérios consideraram apenas os grandes projetos. O país carecia ainda de um instrumento que permitisse uma avaliação mais ampla desse universo, e ele não veio do ambiente educacional, mas sim de uma pesquisa focada em tecnologia da informação.

Divulgada no início de abril, a pesquisa que vem ampliar com muito mais objetividade esse cenário foi elaborada pelo Centro de Estudos sobre Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic), órgão do Comitê Gestor da Internet no Brasil. Entre questões sobre temas como usuários de computadores e de internet, o Cetic perguntou se eles utilizam o computador para finalidades educacionais e, mais especificamente, se fazem algum curso a distância (ou fizeram nos últimos três meses). Chegou a 11% dos usuários de internet, ou quase sete milhões de brasileiros (número projetado sobre a população sempre com base no PNAD do ano anterior, o que indica que também pode estar subestimada, e o número de usuários ser maior ainda).

A escolha da pesquisa do Cetic por levar em conta em suas projeções os usuários de internet nos últimos três meses não é o mesmo critério de indicadores internacionais, que definem o conceito de usuário da internet tendo como período de referência o acesso nos últimos doze meses. Porém, os pesquisadores optaram por este critério que torna os usuários mais recentes por considerar possíveis desvios, como falta de memória dos entrevistados que utilizaram uma vez ao ano. Tal abordagem qualifica ainda mais a pesquisa e é um consenso não apenas do Comitê Gestor da Internet do Brasil, como também do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A amostra da pesquisa foi desenhada pela Ipsos Public Affairs, responsável também pela coleta dos dados e cálculo dos resultados, de forma a apresentar uma margem de erro de até 0,7% no âmbito nacional, o que representa em média uma margem de erro regional de até 2%, sempre com nível de confiabilidade de 95%.

As entrevistas relativas à amostra principal de domicílios foram realizadas presencialmente em 19.998 residências, com indivíduos de 10 anos de idade ou mais. Trata-se de uma pesquisa muito mais confiável do que o levantamentos estatísticos eleitorais, por exemplo.

No estudo exploratório que fizemos desses dados, relacionamos as projeções estimadas pelo Cetic para população do país (região urbana) e para a população usuária da internet (também na região urbana).

Também relacionamos o percentual de usuários da internet que afirmaram aos pesquisadores, a cada ano, utilizar a rede de computadores para realizar cursos a distância. O resultado, exposto na tabela 1, mostra que o crescimento de usuários da internet para a realização de cursos a distância chegou a uma taxa de 16% no ano passado. Embora o percentual isolado dos que fazem cursos a distância esteja relativamente estabilizado desde 2007, deve-se considerar que o crescimento do universo dos usuários impacta para cima também o número dos que fazem cursos online. Dessa forma, o grupo desses estudantes pela rede de computadores também cresce, e a um índice ainda maior, 28% em 2009. Deve-se considerar, ainda, que essa série histórica representa apenas os dados referentes à área urbana, que o Cetic calcula serem 85% do total de brasileiros (assim como o próprio IBGE). A pesquisa só começou a ser realizada em zonas rurais a partir de 2008.
 * O relatório na íntegra em PDF você encontra no site: http://www.acheseucurso.com.br/ 
Tenha um bom dia, Claudia.
 

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Sugestão para leitura:
Interface humano-computador e sua importância da prática pedagógica para ambientes virtuais.




Autor: GUEDES, Gildásio. Interface Humano Computador: prática pedagógica para  ambientes virtuais. EDUFPI, Teresina, Fevereiro, 2009. 218p.

     O texto trata da interface humano-computador e sua importância da
prática pedagógica para ambientes virtuais e enfatiza a importância da melhor adequação da usabilidade dos sistemas computacionais ás tarefas de interação como usuário.
     Essa interação não pode estar dissociada dos termos interface interatividade e usabilidade, pois é inviável pensar em interação sem considerar a adequação das ferramentas funcionai que contribuem de forma eficiente e ficaz para o alcance de determinadod objetivo duante uma pesquisa. Em relação à capacidade do sistema em produzir corretamente as informações de forma confiável, o texto aborda o conceito de utilidade, também conhecido com funcionalidade direcionado para as funções centrais que um sistema está apto a desenvolver, com eficácia para se adaptar ao contexto e às demandas do usuário.
     Para facilitar a organização a organização e gerar conhecimento de forma significativa o autor utiliza como referencial pedagógico e elemento de mediação o Socioconstrutivismo baseado no pensamento de Lev Vygotsky. O design e percepção para Web, também é uma preocupação durante a construção do ambiente virtual.
     Uma interface visualmente agradável, com informações e elementos organizados, contribuem para a motivação do aluno e para o sucesso do processo ensino - aprendizagem.        

sábado, 7 de janeiro de 2012

O site e a eficiência de sua interface

Segundo Frank Lloyd Wright (arquiteto, escritor e educador):
Ao acessar dois sites educacionais, criados para atender clientelas distintas, percebi a importância de se estabelecer critérios de previsão, adequação e clareza para que seu conteúdo possa ser transmitido e assimilado de maneira clara, criando assim, um  canal de comunicação eficiente.

O primeiro de uma escola particular mostra as informações bem organizadas em relação à proximidade, ao contraste, equilíbrio simétrico e transmite com simplicidade, clareza seu conteúdo. O uso das cores está distribuído de forma contextualizada com a associação dos assuntos e a interatividade das informações. Imagens interativas estão direcionadas para usuários restritos. A aparência visual do site favorece a sensação de credibilidade e de legibilidade. O site não perde sua identidade visual  e nem seu design didático.

                                                  
O segundo, foi construído por pais que matricularam seus filhos na rede pública de ensino. É composto por várias informações interessantes. No entanto, elas são transmitidas em sua maioria, por textos que se apresentam com fontes e cores diferentes, o alinhamento é à esquerda e composto por dois textos, um do lado do outro e o espaço restante da página fica em branco. Os boxes da página inicial não são coloridos, apesar de conduzir às outras páginas, não estão presentes nas demais. Sua aparência visual não é atraente. A ausência de um design didático é nitidamente notada.

                                   
Após análise de ambos os sites, fica mais fácil compreender que a interface pode apresentar melhores resultados quando se adapta a realidade de seus usuários. Ou seja, quando eles não necessitam de grandes esforços para apreendê-la e consegue explorar todas as funcionalidades oferecidas pelo sistema.
                                Fonte: Ambientes Virtuais e  Mídias de   Comunicação 
 Texto de Rosa Maria E. M. da Costa e
 Vânia Marins
Adaptação - Claudia Maynoth.




Um edifício bom não é aquele que fere a paisagem,
mas aquele que faz a paisagem mais bonita do
que era antes da construção do edifício”.

domingo, 1 de janeiro de 2012

O estudo dos fundamentos da Educação a Distância como subsídios na prática de projetos de curso a distância.


A evolução tecnológica propicia novas formas de transmissão das informações através do ambiente virtual de aprendizagem, capaz de propiciar interações individuais e coletivas entre os envolvidos no processo educativo. A educação a distância oferece a extensão das oportunidades de acesso à educação.

A introdução das novas tecnologias na educação trouxe mudanças para a dinâmica social, cultural e tecnológica, quebrando paradigmas pedagógicos. O mero acesso aos meios digitais não garante a qualidade dos processos de inserção, nessa nova ordem mundial.

A Educação a Distância, ultrapassa os limites da sala de aula. Torna-se um desafio cultural uma vez que, pode ser percebido com metodologia educacional de qualidade, um desafio social enquanto forma de democratização de educação e como desafio processual por trabalhar com planejamento e com equipes multidisciplinares.

O estudo dos fundamentos da Educação a Distância poderá subsidiar a prática nos projetos de cursos, uma vez que possibilita a contínua reflexão sobre os modelos didático-pedagógicos, desde a escolha dos recursos a serem utilizados, às formas de apresentação dos conteúdos e a avaliação da qualidade durante os cursos. Percebe-se um espaço rico para a transição dos saberem pedagógicos e que o conceito de ensino/aprendizagem volta-se para uma visão construtivista, na qual o ambiente virtual é direcionado para a oportunidade de aperfeiçoamento das relações pedagógicas, com ênfase nas interações processuais, de caráter formativo e continuado.



REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

KRAMER, Erica A. W. Coester (Coord.). Educação a Distância: da teoria à prática. Porto Alegre: Alternativa. 1999.

CARVALHO, Ana Beatriz . A Educação a Distância e a Democratização do Conhecimento. 22 ed. Campina Grande: UEPB, 2006, v. 1, p. 47-58.

GRINSPUN, M. Educação Tecnológica – Desafios e Perspectivas. São Paulo: Cortez, 1999.

Claudia Maynoth


Ações do tutor num ambiente interativo de aprendizagem.


        Ao pensarmos num ambiente interativo da aprendizagem, podemos apontar instrumentos importantes que contribuem na construção do conhecimento: as ferramentas utilizadas como recursos didáticos, a interação entre o aluno/aluno, aluno/tutor e tutor/equipe, as atividades assíncronas (fóruns de discussão) e síncronas (bate papos) e a autonomia do aluno.

       A tutoria exerce funções fundamentais na condução da disciplina, ao mediar, contextualizar e dirigir as aulas de forma que os alunos possam construir e reconstruir teias de saberes significativos individuais e coletivos.

       Nas atividades assíncronas, as ações do tutor devem estar pautadas em uma argumentação estruturada, feedback. Sua intervenção é fundamental para organizar as idéias sem perder de vista o tema em questão.

       Em atividades síncronas, o tutor dirige um debate dinâmico, com mensagens curtas e claras. E na atividade assíncrona, a carga conceitual utilizada é mais leve. Durante essas atividades, o tutor pode interagir e realizar resgates afetivos troca de vivências entre o grupo.

       Ao estimular a construção de um ambiente colaborativo, o tutor cria oportunidade de estabelecer o bom relacionamento entre o grupo, o pensamento crítico, confiança e a motivação do aluno no grupo.

       As regras pontuadas pelo tutor durante o curso, além de coordenar e orientar a condução do mesmo é uma forma de estimular os alunos quanto à importância do cumprimento do calendário, da existência e exploração de ambientes virtuais temáticos ou não e do desenvolvimento de comportamentos referentes ao uso da internet - (Net – etiqueta). Elas estão relacionadas com a autonomia do aluno, isso quer dizer que: ele tem liberdade e flexibilidade para organizar no espaço e tempo seu estudo, ler os comentários e escolher se quer participar ou não daquele momento, assistir vídeos, explorar os diferentes espaços e de contribuir na construção e reformulação de seus conhecimentos de forma individual e coletiva durante as aulas.

       Enfim, a EAD exige a seguinte postura do tutor: “um profissional com condições de aprender a aprender com competência para fazer da Educação a distancia, um espaço de virtualidade criativa poética, formativa e comprometido com a formação de alunos críticos e sujeitos pensantes” (Barros).

Claudia Maynoth.


Educação a Distância - art.80 - LDB -L 9394 de 20 de dezembro de 1996



O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV da Constituição, e de acordo com o disposto no art. 80 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. DECRETA:
Art. 1º Educação a Distância é uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação.
Parágrafo Único: Os cursos ministrados sob a forma de educação a distância serão organizados em regime especial, com flexibilidade de requisitos para admissão, horários e duração , sem prejuízo, quando for o caso, dos objetivos e das diretrizes curriculares fixadas nacionalmente.”
Art. 2º Os cursos a distância que conferem certificado ou diploma de conclusão do ensino fundamental para jovens e adultos, do ensino médio, da educação profissional, e de graduação serão oferecidos por instituições públicas ou privadas especificamente credenciadas para esse fim, nos termos deste Decreto e conforme exigências a serem estabelecidas em ato próprio, expedido pelo Ministro de Estado da Educação e do Desporto.
§ 1º a oferta de programas de mestrado e doutorado na modalidade a distância será objeto de regulamentação específica.
§ 2º O credenciamento de instituições do sistema federal de ensino, a autorização e o reconhecimento de programas a distância de educação profissional e de graduação de qualquer sistema de ensino deverão observar, além do que estabelece este Decreto, o que dispõe as normas contidas em legislação específica e as regulamentações a serem fixadas pelo Ministro de Estado da Educação e do Desporto.
§ 3º A autorização, o reconhecimento de cursos e o credenciamento de instituições do sistema federal de ensino que oferecem cursos de educação profissional a distância deverão observar, além do que estabelece este Decreto, o que dispõem as normas contidas em legislação específica.
§ 4º O credenciamento das instituições e a autorização dos cursos serão limitados a cinco anos, podendo ser renovados após avaliação.
§ 5º A avaliação de que trata o parágrafo anterior obedecerá a procedimentos, critérios e indicadores de qualidade definidos em ato próprio, a ser expedido pelo Ministro de Estado da Educação e do Desporto.
§ 6º A falta de atendimento aos padrões de qualidade e a ocorrência de irregularidade de qualquer ordem serão objeto de diligência, sindicância e, se for o caso, de processo administrativo que vise a apura-los, sustando-se, de imediato, a tramitação de pleitos de interesse a instituição, podendo ainda acarretar-lhe o descredenciamento.
Art. 3º A matrícula nos cursos a distância de ensino fundamental para jovens e adultos, ensino médio e educação profissional será feita independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua inscrição na etapa adequada, conforme regulamentação do respectivo sistema de ensino.
Parágrafo único A matrícula nos cursos de graduação e pós-graduação será efetivada mediante comprovação dos requisitos estabelecidos na legislação que regula esses níveis. Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional - LDB - Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.


Gestão de equipes de EAD
Odilia Silva da Silva - Me. Educação
   
          Na educação presencial, convencional, tradicional, o processo de ensino e aprendizagem é de responsabilidade dos professores, que são os organizadores e decisores pela elaboração e construção dos planos de ensino e de aulas, enquanto que na modalidade a distância essa responsabilidade é das instituições, que organizam as equipes multidisciplinares para definirem suas propostas pedagógicas de acordo com sua filosofia, missão, pressupostos didáticos pedagógicos vigentes amparados nos referenciais científicos e na tecnologia atendendo a legislação vigente, necessidade social e educacional devidamente contextualizada. Cabe ainda a instituição o resguardo no atendimento ao alunado/cliente de tal forma que o processo de mediação e interação se processe eficazmente entre alunos/professores e alunos/alunos, sob pena da aprendizagem não se efetivar.
A EAD tem como desafio superar as distâncias, a sua relação espaço físico e temporal, mas apóiam-se fundamentalmente nos meios de comunicação e na tecnologia para construir a aprendizagem de forma, individual e coletiva ao mesmo tempo em que socializa e democratiza a educação. Dá oportunidades infinitas a diferentes grupos populacionais ao mesmo tempo proporcionando o progresso do homem e da sociedade. Em comparação ao ensino presencial há necessidade de uma reordenação do processo educativo desde o planejamento, a execução, o acompanhamento e avaliação. Aqui, estes ficam subordinados a uma equipe de educadores, com diferentes atribuições e responsabilidades, na construção de textos, definições de imagens, propostas de atividade e diferentes propostas didáticas e jogos pedagógicos, num primeiro momento para abastecerem os webdesigners na estruturação e modelagens do curso antes da divulgação do mesmo. Esta construção pressupõe momentos diferenciados onde especialistas congregam seus esforços no sentido de “harmonizarem” as temáticas e assuntos a serem abordados, em seqüência lógica, ou não, para cativarem e estimularem os alunos de diferentes e variadas formas.
Os órgãos educacionais preocupam-se com esta modalidade de educação e traçaram, “as bases legais para a modalidade de educação a distância sendo estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996).
A preocupação estende-se não só aos aspectos físicos, titulação dos docentes, condições do suporte tecnológico, mas também à qualidade no atendimento a processos e produtos, por isso o “Ministério da Educação estabelece Referenciais de Qualidade de EAD para a autorização de cursos de graduação e pós-graduação a distância. Seu objetivo é orientar alunos, professores, técnicos e gestores de instituições de ensino superior que podem usufruir dessa forma de educação ainda pouco explorada no Brasil e empenhar-se por maior qualidade em seus cursos. “
Os indicadores sugeridos não têm força de lei, mas servirão para orientar as Instituições e as Comissões de Especialistas que forem analisar projetos de cursos de graduação a distância.
        São dez os itens básicos que devem merecer a atenção das instituições que preparam seus programas de graduação a distância: 1. integração com políticas, diretrizes e padrões de qualidade definidos para o ensino superior como um todo e para o curso específico; 2. desenho do projeto: a identidade da educação a distância; 3. Equipe profissional multidisciplinar; 4. comunicação/interatividade entre professor e aluno; 5. qualidade dos recursos educacionais; 6. infra-estrutura de apoio; 7. avaliação de qualidade contínua e abrangente; 8. convênios e parcerias; 9. edital e informações sobre o curso de graduação a distância; 10. custos de implementação e manutenção da graduação a distância. “Além desses aspectos, a Instituição proponente poderá acrescentar outros mais específicos e que atendam a particularidades de sua organização e necessidades sócio-culturais de sua clientela, cidade, região.” (Referenciais de Qualidade da Educação a Distância/MEC).
Para atender a esses requisitos técnicos, didáticos e legais, se faz necessário o concurso de uma Equipe de Educação a Distância formada por especialistas, das mais diferentes áreas para participarem desde o planejamento até a conclusão do curso.
Podemos destacar como imprescindíveis nesta Equipe: Diretor, Coordenador Pedagógico, Pedagogo, Especialistas na área específica, Webdesigners, Analista de Sistemas, Secretário, Coordenador Administrativo – Financeiro, Especialista em Marketing, Atendente e Professores/Tutores amparados pelo equipamento tecnológico adequado. Estes especialistas formam um sistema de EAD com diferentes funções, como: administração, coordenação pedagógica, planejamento, marketing, organização de conteúdos, construção de textos e hipertextos, atividades, estudos de casos, elaboração de instrumentos de avaliação, revisão de bibliografias, modelagem de páginas e de curso, produção visual, diagramação e ilustração, definição de formas de comunicação, materiais didáticos e de apoio, impressos, CDs, inscrição, matrícula, financeiro, registros de escrituração escolar, certificação, acompanhamento e avaliação, entre outras.
Cada um destes especialistas com atribuições definidas são conhecedores das demais atividades desenvolvidas pela Equipe Multidisciplinar. Neste cenário podemos vislumbrar que, seriedade de propósitos, responsabilidade, capacidade técnica e comprometimento de gestores e professores, na oferta de cursos/disciplinas na modalidade a distância são necessárias para que esta educação seja de qualidade.
Diferentes momentos, administrativos, técnicos e pedagógicos desde a construção de textos, definições de imagens, diferentes propostas didáticas e jogos pedagógicos, que abastecem os webdesigners na estruturação e modelagens do curso, duração de cada módulo ou bloco de estudos, atividades avaliativas e apoio administrativo como folha de pagamentos, férias de servidores, calendários escolares, inscrições, matriculas e outras, antes da divulgação do mesmo.
Percebe-se em todos os momentos que subjacentes a esta estrutura de equipe multidisciplinar deve estar presente a preocupação com a gestão propriamente dita, onde a gestão empresarial financeira esteja intimamente ligada com a gestão de pessoas. Esta gestão estará preocupada com um aumento na flexibilidade e agilidade dos processos internos que compreende a minimização de retrabalho, mas garantindo a qualidade. Também não pode descuidar-se da pro atividade, do fomento de construção da inovação e do conhecimento formando o capital intelectual, bem como da harmonia e bem estar da mesma.
Nesta proposta propicia-se a interface de trabalho entre as diferentes equipes de trabalho, pois se acredita que: “ Na gerência horizontal, o trabalho é organizado ao longo dos vários grupo funcionais que trabalham em interação permanente. Isto permite uma melhoria na coordenação e comunicação entre os colaboradores e gerentes/direção.” (Kerzner.2006. Artmed. 2006) Estas funções devem estar integradas e em sintonia, construídas de forma participativa considerando que o trabalho de cada colaborador depende das atividades e comprometimento dos demais.
Este trabalho conjunto deve espargir sobre a capacitação dos docentes para atingir o alunado verificando-se o processo de mudança de atitudes e de competências, individual e coletiva.
Na gestão de EAD baseamo-nos em Stephen Covey, mas acrescentamos detalhamentos que demonstram nossa forma de pensar e agir, e apontarmos como desafios:
1- Liderança;
2- Disposição para enfrentar mudanças;
3- Valorização do trabalho em equipe;
4- Comprometimento da equipe;
5- Aceitar feedback e críticas;
6- Plano estratégico, metas e prazos;
7- Remover barreiras e;
8- Espírito empreendedor e proatividade.
Estes desafios são preocupações constantes do gestor e ele deve influenciar o grupo a amiúde estimulá-los a: estarem prontos para a mudança; acreditarem em seu potencial e no da equipe; acreditarem no grupo como potenciais colaboradores (cooperação/positividade); a comprometer-se com a equipe acreditando que sem assessoramento e acompanhamento a tendência é a desmotivação e a acomodação; a proporcionar um ambiente de harmonia e de comprometimento.
Desta forma possibilitará a criação de condições para que a inovação aconteça em clima tranqüilo e bem organizado onde haja oportunidade de surgimento de novas ações e políticas organizacionais, sendo as mesmas apresentadas à todos os colaboradores.
Proporcionar o conhecimento da missão, visão e valores institucionais, sendo os mesmos colocados em ação por todos. Implícito está que o líder deve acompanhar sistematicamente o “fazer administrativo” para que a filosofia da instituição seja resguardada, mas que também seja reabastecida de novos procedimentos operacionais que canalizem os esforços do grupo em direção ao crescimento e desenvolvimento organizacional.
A busca de sinergia nada mais é do que buscar interação. E ninguém melhor do que o líder para propor que o pensamento seja um só, ou seja, que o todo é maior do que a soma das partes. De todos os hábitos, identificados por Covey, esse é o que mais depende dos outros para realmente se concretizar. Ao se habituar a trabalhar em equipe, criar em conjunto e desenvolver-se de maneira uniforme com quem interage, o ser humano realmente alcança a sinergia necessária para fazer qualquer engrenagem funcionar, uma metáfora que pode ser usada para qualquer tipo ou tamanho de empresa.
Avaliar resultados participativamente, profissionalismo, comprometimento, buscar parcerias, solidariedade, trabalhar com ética, transparências nas relações, respeito e paciência tornam as pessoas comprometidas e geram entusiasmo e aprendizado. Esta forma de gestão compromete os colaboradores com o desenvolvimento social,“estimula a solidariedade, sentimento de justiça, a sensação de pertencimento a uma sociedade fraterna e harmônica”. Nucci, Celso (Revista ESPM).
Nesta busca de gestão compartilhada o ambiente de trabalho será acolhedor onde se respeitam às diferenças e se trabalha com afinco e felizes.
Questionamentos:
1- Como manter um ambiente de trabalho comprometido e acolhedor?
2- É melhor realizar reuniões de grupos ou tratar os assuntos por grupos menores?
3- Quais as competências básicas para a construção de equipes comprometidas?
4- É melhor um líder autoritário ou um líder democrático?
5- Diferenças e semelhanças do ensino a distância e do presencial.
6- As diferentes habilidades e competências de cada indivíduo, listadas acima, são importantes para equipes que atuam no ensino presencial e a distância?
     Trabalho apresentado no 13º Congresso Internacional de Educação a Distância em Curitiba – setembro 2007 -
Diretora da Unidade Senac de Educação a Distância - SenacEAD/RS.

O professor e uma nova prática pedagógica
 
 
O processo de inovação tecnológica pelo qual a sociedade passa, exige que a educação sofra transformações no seu modo de gerenciar o conhecimento que circula no ambiente de aprendizagem.
O professor deve compreender o porquê e como, integrar sua prática pedagógica de forma inovadora. O momento é de transição de um sistema fragmentado de ensino para uma abordagem integradora de conteúdo, voltada para a solução de problemas e valorização do aluno enquanto agente ativo no processo de ensino e aprendizagem.
Numa sociedade em mudança acelerada, educar é uma tarefa difícil. Na instituição escola, o professor tem que se dedicar ao seu desenvolvimento profissional à pesquisa e aos estudos referentes às novas tecnologias da informação e da comunicação e outros assuntos em destaque no dia a dia. Paralelamente deve se preocupar em reconhecer as diferentes habilidades e experiências de seus alunos para poder interagir e ser mediador no processo de construção do conhecimento pelo aluno de maneira significativa e prazerosa.
O texto Criatividade, pesquisa e inovação: caminho surpreendente da descoberta destaca que: “... a inovação é uma capacidade de a mente inferir significados inusitados a partir de informações aparentemente banais; produzir respostas divergentes e criativas; olhar a realidade convencional com uma óptica insólita; gerar em suma, hipóteses, cenários e soluções diferentes de maneira quase casual, mesmo fora da lógica estruturada”. Desta forma, a diversidade da turma, favorece a interface entre do conteúdo a ser transmitido de forma criativa ou inovadora e a realidade de cada aluno. Todavia, passa a ser um desafio para o professor inserido num sistema educacional cheio de distorções.
O impacto causado pelas novas tecnologias e as demandas de educação da sociedade contemporânea segundo Pierre Lévy (2000), pode ser solucionado por intermédio do ensino aberto e a distância. Mas, a escolha do material midiático deve ocorrer de forma contextualizada e não massificada para que estimule o interesse do aluno pelo processo de aprendizagem. A preparação as melhores mídias de apresentação para facilitar as tarefas de aprendizado e estabelecer uma relação dialógica entre professor, aluno e grupo é denominada design didático.
A Educação tem um papel importante no processo de humanização do homem e de transformação social. Dessa forma, a evolução da Educação está intrinsecamente ligada à evolução da sociedade. Gadotti (1999). No seu sentido mais amplo, é o processo concreto e histórico da existência humana, estabelecendo relações consigo própria, com outros e o mundo. A transmissão do conhecimento não se baseia apenas no ambiente escolar, mas em toda a sociedade. Esse fator é reforçado na palestra de Ken Robinson ao enfatizar que “à medida que as crianças crescem começamos a educá-las progressivamente da cintura para cima”.
De acordo com Ken Robinson, a hierarquia do sistema acadêmico está apoiada em duas idéias: os assuntos mais relevantes ao trabalho é prioridade e que o sistema educacional mundial é um prolongado processo de admissão em universidade. A proposta pedagógica quando direcionada para a transmissão de conteúdos, aquisição de diplomas e de caráter exclusivista, não permite que o aluno explore sua bagagem de conhecimentos conquistada fora da escola. Irá influenciar na construção da sua autonomia, na medida em que não é exercitada sua capacidade para tomar decisões, ousar sem medo de errar e correr riscos.
No século XXI, transformações econômicas, políticas e sociais estão afetando o ser humano. A sociedade vive um tempo de expectativas, crises de concepções e incertezas quanto ao futuro, e a educação são afetadas diretamente. Num ambiente de instabilidade, professores transmitem informações e os alunos recebem sem oportunidade de explorá-las ampliar seus conhecimentos. Ambos se sentem inseguros para arriscar, criar e aprender com os erros cometidos durante o processo educacional. A insegurança do professor pode e deve ser suprida à medida que ele busca estratégias para lidar com diferentes situações. Se os conteúdos não forem transmitidos para o aluno de forma clara, significativa e dialógica, ele fica desmotivado e tolhido.
“Se uma sociedade espera atingir a renovação, ela tem que ser um ambiente hospitaleiro para mulheres e homens criativos. Tem também que produzir pessoas com capacidade de auto-renovação. Mas a renovação - da sociedade e dos indivíduos – depende, em alguma medida, da motivação, do compromisso, da convicção, os valores pelos quais as pessoas vivem pelas coisas que dão sentido às suas vidas. John W Gardner (Sel-Reneval, The Individual and the Innovative Society)”.
GADOTTI, M. História das idéias pedagógicas. 8. ed. São Paulo: Ática, 1999.
Texto de suporte (Criatividade, Pesquisa e Inovação: o caminho surpreendente da descoberta).
Vídeos do Ken Robinson – Escolas que matam a criatividade?
Claudia Maynoth
Funções do material impresso na

Educação à Distância
1. Abrir o diálogo permanente entre professor/aluno/orientador;
            2. Orientar o aluno em seu percurso de estudo:
            3. Motivar o aluno não só para aprendizagem do conteúdo selecionado para o material em questão, mas também para a ampliação de seu conhecimento sobre o tema trabalhado, mediante leituras complementares;
            4. Ensejar a compreensão crítica do conteúdo selecionado como fundamental para o curso em desenvolvimento, tendo em vista que o conteúdo é a base teórico-medodológica para a construção de conhecimento/sentidos;
            5. Possibilitar o acompanhamento e avaliação do processo de aprendizagem de determinado material faz parte da construção curricular em que estão implicados outros textos;
            6. Instigar o aluno para a pesquisa.


Referência Bibliográfica:
       Possari, Lucia Helena Vendrúsculo, Material Didático para a EaD: Processo de Produção/Lucia Helena Vendrúsculo Possari; Maria Lucia Cavalli Neder. Cuiabá: EdUFMT, 2009.